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Mofo-branco na soja: sintomas e estratégias de controle

Mofo-branco na soja: sintomas e estratégias de controle

O mofo-branco na soja é uma das doenças fúngicas mais graves da lavoura. O patógeno causa sérios danos às plantas e reduz, significativamente, o rendimento da safra e a qualidade das sementes. 
O controle da doença é um desafio para os produtores devido à alta capacidade de disseminação e à habilidade do fungo em sobreviver em condições adversas.
Continue a leitura para saber quais as causas e os fatores para o desenvolvimento do mofo-branco na soja, sintomas, ciclo de vida, como se propaga, além das medidas de controle e prevenção!

Causas e fatores de desenvolvimento
O causador do mofo-branco é o fungo Sclerotinia sclerotiorum. Veja na sequência alguns fatores que contribuem para que ele possa se desenvolver e se espalhar pela lavoura de soja.

Umidade
Ambientes úmidos e excesso de chuva favorecem a germinação das estruturas de resistência do fungo presentes no solo, os escleródios.

Temperatura
Condições de temperaturas amenas, de 10°C a 21°C, costumam favorecer o crescimento e a disseminação do fungo.

Plantio denso
O plantio denso, com menor espaçamento entre as plantas, pode criar condições favoráveis para o desenvolvimento do mofo-branco. A falta de ventilação aumenta a umidade relativa do ar.

É preciso que haja espaçamento suficiente entre as plantas para promover ventilação no talhão.

Resíduos vegetais
A decomposição dos resíduos vegetais libera nutrientes que também são utilizados pelo fungo, facilitando seu desenvolvimento. Por isso, pode servir como substrato para a germinação dos escleródios. 

Manejo do solo
O manejo inadequado do solo, muitas vezes impulsionado pelo uso excessivo de nitrogênio e pela compactação, pode contribuir para o desenvolvimento do mofo-branco. As condições promovem o crescimento vegetativo da planta, tornando-a mais suscetível à infecção pelo fungo.

Como identificar o mofo-branco na soja?
Para identificar o mofo-branco, é importante atentar-se a alguns sinais. De acordo com o Guia de Identificação de Doenças de Soja, da Embrapa, os primeiros sintomas podem ser observados por meio de manchas aquosas que passam pela coloração castanho-claro. Na sequência, forma-se um micélio branco e denso.
Vale explicar que hifa é a unidade estrutural de um fungo, o conjunto denomina-se micélio. O patógeno em questão infecta qualquer parte da planta, iniciando pelas folhas caídas e em ramos laterais.

Também ocorrem a murcha e o amarelecimento das folhas, bem como a desfolha. Após alguns dias da infecção, o micélio branco vira uma massa negra e rígida. É o chamado escleródio, que fica localizado tanto na haste quanto nas vagens; seja no interior ou na superfície de ambos.

O micélio branco é o segundo estágio do fungo.
Assim, pode resultar em podridão e queda prematura das vagens, levando à redução do rendimento da lavoura. Em casos mais graves, pode ocasionar a morte das plantas, já que o fungo pode favorecer a entrada de outros patógenos e causar infecções secundárias, resultando em danos ainda mais severos.

Vale destacar que o contato com a planta ocorre principalmente no terço inferior. A maior incidência é durante a fase de floração plena (R2) até o início da formação de grãos (R4 a R5).

Ciclo de vida e propagação
O ciclo do mofo-branco na soja é composto por várias etapas. A primeira ocorre com a germinação dos escleródios presentes no solo. Eles podem chegar ao talhão de diferentes formas, seja com resto de culturas anteriores ou por meio do vento, da água ou de animais. 

A germinação pode ocorrer de duas formas: carpogênica e miceliogênica. A primeira acontece quando há umidade e temperatura adequadas; enquanto que a segunda, no momento em que entra em contato com as raízes da planta, gerando hifas que penetram na soja.

Assim que a infecção ocorre, o fungo se desenvolve, causando lesões e produzindo novos escleródios, liberados no solo juntamente com restos de plantas infectadas. Podem servir como fonte de inóculo para a próxima safra ou para outras áreas de cultivo.

A propagação do mofo-branco na lavoura da soja pode ser facilitada pela presença de hospedeiros alternativos, como outras culturas ou plantas invasoras, que podem carregar o fungo e disseminá-lo no ambiente.

Como tratar mofo-branco na soja?
Para tratar o mofo-branco na soja, é importante adotar medidas de manejo integrado visando a prevenção e o controle da doença. Listamos algumas estratégias recomendadas.

Monitoramento regular
Realize inspeções periódicas na lavoura para identificar precocemente a presença do mofo-branco. Fique atento aos sintomas da doença.

Controle químico
Caso identifique os primeiros sintomas do mofo-branco na soja, é possível fazer a pulverização de fungicidas já no início do florescimento ou durante a floração da planta.

Os defensivos agrícolas precisam ser aplicados para conter o avanço do mofo-branco.
 
Rotação de culturas
Evite o plantio contínuo de soja na mesma área. A rotação de culturas contribui para quebrar o ciclo de vida do patógeno e reduzir a disponibilidade de hospedeiros para a infecção. 
De acordo com a Embrapa, espécies como milho, sorgo, milheto, aveia branca ou trigo são resistentes ao fungo.
 
Tratamento de sementes
Antes do plantio, faça o tratamento de sementes com fungicidas. Isso ajuda a reduzir a presença do fungo e protege as plântulas nos estágios iniciais de desenvolvimento.
Manejo de resíduos de cultura
Realize a destruição adequada dos resíduos de cultura após a colheita, pois eles podem servir como fonte de inóculo para a próxima safra.
 
Preparo do talhão
Outras formas de prevenir a infestação do mofo-branco é fazer a adubação correta no pré-plantio e aumentar o espaçamento das linhas. Evita-se, assim, as condições favoráveis ao desenvolvimento do patógeno.
 
É importante ressaltar que o manejo do mofo-branco na soja pode variar dependendo das condições específicas de cada região e das recomendações técnicas. Portanto, nada melhor do que buscar orientação de um agrônomo para auxiliar no combate à doença.
 
O fungo atrapalha a produtividade da lavoura, por isso é importante lidar com o patógeno, assim como outras pragas presentes na safra. 

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