O cuidado de uma lavoura é essencial para a evolução e o máximo rendimento. Por isso, realizar a pulverização da soja é crucial para evitar perdas com danos de pragas e doenças e auxiliar no desenvolvimento das cultivares para o máximo potencial.
A pulverização é importante, mas requer diversos cuidados, portanto é necessário conhecer mais do que se trata e entender quais variáveis devem ser consideradas durante a aplicação.
Continue lendo e entenda o que é pulverização agrícola, quais os métodos de aplicação e quais cuidados devem ser tomados na realização!
O que é pulverização agrícola?
A pulverização agrícola é um método de proteção, prevenção e distribuição de insumos na lavoura. Por meio dos equipamentos, são aplicados defensivos com objetivo de conter plantas daninhas, insetos e doenças, assim como fertilizantes para ajudar no cultivo.
Os pulverizadores, então, distribuem as partículas dos produtos de forma terrestre ou aérea, manual ou automatizada, de modo que alcancem todo o espaço desejado na plantação.
É importante realizar a pulverização na soja para impedir que cultivo seja afetado com os problemas citados e para que não prejudique o máximo rendimento na hora da colheita. A escolha dos insumos corretos e o planejamento adequado, desde o plantio das cultivares, são cruciais para um resultado satisfatório.
Quais são os tipos de pulverização agrícola?
A pulverização agrícola pode ser realizada de duas maneiras: via aérea e terrestre. Além de escolher o defensivo mais adequado para a safra, o modo de realizar a aplicação também deve ser bem pensado.
Confira quais são estes pulverizadores e como cada um atua!
Aérea
A pulverização aérea é realizada para uma aplicação mais rápida, um custo-benefício melhor e por não ter perdas por amassamento de cultura, algo que ocorre na terrestre. Dependendo da lavoura, ela consegue alcançar locais que tratores ou trabalhadores não conseguem alcançar.
Drones
O drone para pulverização é uma tecnologia que vai ajudar o produtor a distribuir insumos em áreas bem específicas da lavoura. Eles são controlados de maneira remota e chegam rapidamente nos espaços para executar o serviço.
Em média, a bateria tem autonomia de 10 a 15 minutos de uso, por isso não são indicados para lavouras de grande porte. Porém, os drones podem ser úteis para acessar locais de difícil acesso para maquinários.
O drone é a tecnologia mais recente e promissora na pulverização agrícola.
Para a soja, em específico, eles vêm se mostrando um maquinário importante. Em estudo realizado com pesquisadores da Embrapa Soja, o drone teve desempenho superior a outros equipamentos contra o percevejo-marrom e a lagarta-falsa-medideira. Isso por conseguir pulverizar partes da planta da soja que outros métodos não conseguem.
Avião
É comum vermos algum avião pulverizando lavoura de soja, isso porque é o método aéreo mais utilizado para o trabalho. A rapidez que oferece e a possibilidade de levar insumos em grandes quantidades para espaços maiores são diferenciais deste tipo de aplicação.
De acordo com estudo publicado pela Embrapa, da pesquisadora Cinthia Costa, há vantagem econômica ao realizar a comparação entre o investimento feito para o uso do avião pulverizador e o prejuízo causado no trabalho via terrestre, como a perda de grãos e problemas com solo na passagem dos trabalhadores e de tratores.
Helicóptero
Os helicópteros pulverizadores acabam por ser o meio-termo da via aérea, uma vez que não são tão velozes quanto os aviões, mas ao mesmo tempo possuem maior capacidade de armazenamento que os drones.
Eles também não precisam de pista de pouso como os aviões e conseguem chegar próximo à lavoura para pulverizar os defensivos.
Terrestre
A pulverização terrestre pode ser realizada manualmente ou por meio de máquinas, como tratores. Este método é mais barato que o aéreo, é mais comum em lavouras menores e que não precisam atingir larga escala.
Entenda a diferença entre cada um dos modos de pulverização!
Pulverização manual
A pulverização manual é mais simples e a mais indicada para pequenas propriedades ou espaços menores, como estufas ou viveiros. Ela depende que um trabalhador caminhe por dentro da lavoura e aplique o produto em cada parte da plantação.
A capacidade dos reservatórios varia de 1 litro até 20 litros. Os maiores geralmente são costais (acoplados nas costas do aplicador), os menores podem ser levados na mão mesmo. Vale citar que eles podem ter o bombeamento por motor, bateria ou manual.
Pulverização com tratores
Os tratores são máquinas extremamente úteis nessa função e versáteis pelas diferentes maneiras e aplicações que possuem na pulverização.
Os pulverizadores acoplados possuem reservatório com capacidade de 200 litros a 1000 litros. Geralmente, a partir da sua barra articulada, os bicos vão liberar os defensivos.
O uso é destinado para lavouras em geral que já possuem uma parte cultivada, e é comum vê-lo como pulverizador de soja.
Trator pulverizando soja com defensivos agrícolas.
Os pulverizadores de arrasto conseguem armazenar de 500 litros a 4 mil litros e possuem esse nome por serem acoplados à barra de tração do trator. Um de seus modelos é o de barra, que aplica insumos em grandes faixas, com inúmeros bicos. Outro é o turbopulverizador, que distribui os produtos com auxílio de um ventilador.
Já o pulverizador automotriz, também conhecido como autopropelido, é utilizado em grandes lavouras, uma vez que tem de 2 mil litros a 4,5 mil litros de reservatório. Mais tecnológico que os outros, seu diferencial está na precisão da aplicação e no rendimento do trabalho.
Quais cuidados ter na hora da aplicação?
Agora que você já sabe a importância de realizar a pulverização da lavoura e também quais os métodos de aplicação, é crucial entender quais os cuidados que se devem ter ao planejar e realizar o serviço.
Primeiramente, o planejamento é ponto-chave para execução da pulverização. O produtor pode decidir por onde começar a execução, pensando quais consequências vai gerar na colheita e também onde terminar.
Outras situações de planejamento é pensar qual será o tipo de pulverizador para soja mais adequado de acordo com o tamanho da área e o investimento que o produtor está disposto a fazer.
Condições ideais de aplicação
O clima sempre é um fator determinante ao considerar uma lavoura. Do plantio à colheita, é essencial se antever a situações incontroláveis quando possível. Por isso, realize a pulverização no momento ideal, quando a umidade do ar estiver acima de 50%, o vento acima de 3 km/h e menor que 10 km/h e com a temperatura entre 10ºC e 30ºC.
Volume de calda para cada pulverizador agrícola
Em relação ao volume de calda, busque sempre seguir as informações presentes na embalagem do produto e a orientação de um engenheiro agrônomo.
Planejar a pulverização é crucial para obter ótimos resultados na colheita.
Tamanho de gota
O tamanho de gota deve ser considerado em paralelo ao volume de calda, uma vez que, a depender do insumo, a densidade adequada pode variar. Se a intenção é o controle das plantas daninhas, é preferível utilizar gotas maiores com objetivo de ter uma neblina mais pesada.
Se a ideia é combater os fungos, gotas menores são mais indicadas, já que precisam adentrar mais facilmente na cultura.
Bico para pulverizador
O bico para pulverizador é peça importante para considerar na hora do planejamento. Cada um possui objetivo e tem características diferentes com relação à vazão e ao ângulo.
O bico tipo leque plano padrão, geralmente, é utilizado de maneira cruzada, para igualar os jatos no pulverizador em barra. O leque plano uniforme já possui distribuição regular e é usado em costais.
Já o bico tipo cone solta o líquido de maneira circular e costuma ser usado em pulverizadores de barra. O mais avançado tecnologicamente é o de indução de ar.
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