Fazer o controle de plantas daninhas é fundamental para obter o máximo rendimento e ter qualidade na safra. Nesse sentido, os herbicidas pós-emergentes para soja desempenham papel crucial, pois são desenvolvidos para combater as invasoras que se estabelecem no início da produção.
Neste conteúdo, vamos explorar a importância da aplicação dos defensivos, quais as plantas alvo, além de abordar sobre a resistência das plantas daninhas, precauções e segurança durante a pulverização. Continue a leitura!
Importância da aplicação de herbicidas
A aplicação de herbicidas pós-emergentes para soja é de extrema importância para o manejo eficaz durante o ciclo de crescimento da cultura. Os defensivos são aplicados diretamente nas plantas daninhas que emergem após o estabelecimento, visando o controle.
Entre as razões pelas quais a aplicação é crucial está a concorrência com a soja por recursos essenciais, como água e nutrientes do solo, o que pode prejudicar o crescimento e o rendimento da cultura.
Além disso, as plantas daninhas podem afetar negativamente a uniformidade e o desenvolvimento da soja, dificultando a colheita e reduzindo a qualidade dos grãos.
É necessário escolher herbicidas seletivos para que não cause danos na cultura que está sendo cultivada para afetar somente as plantas daninhas desejadas. Especialistas recomendam o uso de diferentes princípios ativos para não criar resistência aos defensivos.
A aplicação de herbicidas pós-emergentes para soja é essencial para controlar a competição pelas plantas daninhas.
A pulverização dos herbicidas pós-emergentes também ajuda a prevenir danos e perdas causados por plantas competidoras. Assim, o controle eficaz dessas invasoras contribui para a melhoria da produtividade e da rentabilidade da cultura da soja.
Plantas daninhas alvo
As plantas daninhas alvo dos herbicidas pós-emergentes para soja podem variar dependendo da região e das condições do ambiente.
De toda forma, a falta de controle pode afetar a cultura logo no começo do seu desenvolvimento, sendo que algumas das invasoras do talhão nessa fase são:
- Caruru (Amaranthus hybridus).
- Picão-preto (Bidens pilosa).
- Buva (Conyza bonariensis).
- Capim-amargoso (Digitaria insularis).
- Corda-de-viola (Ipomoea acuminata).
Na sequência, confira mais detalhes sobre as plantas daninhas da lista acima!
Caruru
É uma espécie de ciclo rápido que pode causar grande competição com a soja pelos mesmos nutrientes e água do solo. Possui folhas de formato ovalado e pode atingir até 1 metro de altura.
Devido à sua capacidade de dispersão de sementes, o caruru pode se reproduzir rapidamente. Além disso, germina em diferentes épocas do ano, o que torna seu controle um desafio.
Se não for contida adequadamente, essa planta invasora pode afetar significativamente o rendimento da cultura.
O caruru é uma planta daninha caracterizada pelas folhas em formato oval.
Picão-preto
Outra planta daninha comum na soja é o picão-preto. Nas lavouras, é comumente encontrado em áreas com pouca cobertura vegetal ou durante as fases iniciais do desenvolvimento da cultura.
A invasora é anual, de crescimento rápido, pode atingir até 2 metros de altura, produz muitas sementes e se caracteriza por ter pequenas flores amarelas. Por aderir facilmente a roupas e aos pelos dos animais, conta com disseminação facilitada.
A planta também pode ser uma fonte importante de hospedagem para doenças e plantas daninhas, o que pode afetar a saúde e a produtividade da cultura.
O picão-preto pode ser identificado por suas pequenas flores amarelas.
Buva
A buva é uma planta muito comum em regiões com lavouras de soja e pode ser resistente a vários herbicidas utilizados em seu controle. Se não for contida, cresce rapidamente e compete com a soja pelos recursos do solo.
Possui grande potencial de dispersão e facilidade de adaptação a diferentes ambientes, ainda mais por produzir muitas sementes e germinar em várias épocas do ano, dificultando seu controle.
A buva é facilmente dissipada no campo.
Capim-amargoso
O capim-amargoso é uma planta de ciclo anual que pode atingir até 2 metros de altura. Possui sistema radicular rasteiro, o que facilita sua disseminação e dificulta a erradicação.
A invasora apresenta alto potencial de competição com a soja por nutrientes, prejudicando a cultura. A disseminação é intensa por conta de suas sementes pequenas e leves, que são transportadas pelo vento ou por máquinas agrícolas.
Corda-de-viola
A corda-de-viola é uma trepadeira que se caracteriza pelas folhas largas e flores brancas ou roxas, e que também pode competir com a soja por nutrientes, impactando no rendimento da lavoura e prejudicando a colheita.
Essa planta daninha pode se espalhar rapidamente em áreas de cultivo, sendo necessário realizar um controle eficiente durante o manejo da soja.
A corda-de-viola é muito comum nas lavouras de soja e se caracteriza pelas flores roxas.
Resistência das plantas daninhas
A resistência das plantas daninhas aos defensivos deve ser um ponto de atenção entre os sojicultores. Primeiramente, ela limita a eficácia dos herbicidas no controle das plantas, o que pode levar à redução na produtividade das culturas afetadas.
Ela ainda pode levar ao aumento na população das plantas daninhas, uma vez que as que sobrevivem ao tratamento continuam se reproduzindo e transmitindo os genes às gerações seguintes. Isso pode resultar em infestações mais severas e dificuldade cada vez maior no controle.
Quando isso acontece, é importante utilizar produtos com diferentes princípios ativos, além de fazer aplicação na época correta.
A resistência ao herbicida limita o controle químico e proporciona mais disseminação da planta daninha.
De acordo com a Embrapa, é crucial adotar medidas de manejo adequadas para prevenir e gerenciar a resistência das plantas daninhas aos herbicidas pós-emergentes. Entre as recomendações estão:
- Rotação de herbicidas com diferentes modos de ação.
- Práticas culturais que reduzem a pressão de seleção sobre as plantas daninhas.
- Incorporação de métodos de controle integrado de plantas daninhas, como o biológico e o manejo do ambiente, a fim de diminuir a dependência exclusiva dos defensivos químicos.
Precauções e segurança na aplicação
Ao aplicar os herbicidas pós-emergentes, é importante adotar várias precauções e seguir medidas de segurança para assegurar a eficácia dos produtos e minimizar quaisquer riscos potenciais. Confira algumas diretrizes a serem consideradas!
Instruções do rótulo
Leia atentamente e entenda o rótulo do herbicida antes da aplicação. Siga a dosagem recomendada, o método de aplicação e as instruções de segurança.
Equipamento de proteção individual (EPI)
O profissional que for pulverizar a área deve usar EPI adequado, incluindo camisas de manga longa, calças compridas, luvas resistentes a produtos químicos, além de proteção para os olhos e os pés.
Condições climáticas
Verifique o clima antes da aplicação. Não pulverize em dias com vento para evitar a deriva do herbicida para áreas não-alvo. Também não faça aplicações em períodos de alta temperatura, estresse hídrico e nem em dias de baixa umidade relativa do ar.
Calibração do equipamento
Ajuste o equipamento de aplicação para promover a distribuição precisa e uniforme do herbicida. A calibração adequada ajuda a evitar superdosagem ou subdosagem do produto.
Seleção de bicos de pulverização
Use bicos de pulverização adequados para otimizar a cobertura do herbicida e minimizar a deriva. Escolha aqueles que produzam gotas maiores e reduzam as chances de gotas finas serem levadas pelo vento.
A escolha do bico de pulverização é fundamental para obter aplicação eficiente do herbicida pós-emergente.
Zonas de amortecimento
Estabeleça zonas de amortecimento para minimizar o risco de deriva do herbicida para culturas vizinhas, fontes de água e áreas sensíveis. Siga as regulamentações locais sobre os requisitos desse ambiente tampão.
Limpeza do equipamento
Sanitize completamente o maquinário de aplicação após cada uso para evitar que resíduos de herbicidas contaminem pulverizações subsequentes ou áreas não-alvo.
Registro
Mantenha um histórico detalhado das aplicações, incluindo datas, áreas-alvo e condições climáticas. Esses registros serão úteis para referência futura e manejo de herbicidas da soja.
Lidar com as plantas daninhas é parte fundamental do manejo da safra , evitando que a cultura da soja não absorva todos os nutrientes necessários.
Os resultados da não aplicação desses defensivos são a má-formação das plantas, a perda da qualidade dos grãos e problemas na colheita, com vegetação indesejada pelo caminho.
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