O controle da ferrugem-asiática na soja é um desafio constante a todos os produtores rurais. A doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e é considerada uma das principais ameaças à eficiência e rentabilidade da lavoura.
Ela foi identificada no Brasil pela primeira vez em 2001. Desde então, há um esforço de todas as partes para realização de monitoramento e controle, seja no âmbito público ou privado. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), se ela não for contida, pode causar perdas de até 90% na produtividade.
Continue a leitura para entender o que causa, quais os sintomas da ferrugem da soja, como identificar e como controlar o avanço!
A ferrugem-asiática se desenvolve em ambientes locais quentes e úmidos, e é disseminada por esporos transportados pelo vento, geralmente de locais vizinhos ao talhão.
O alastramento também ocorre por meio de sementes, equipamentos agrícolas ou plantas hospedeiras que contém o fungo. Em 2001, foi identificada inicialmente no Paraná, mas se espalhou pelas lavouras do país inteiro ao longo dos anos.
Quais os sintomas da ferrugem-asiática e como identificá-la?
Os primeiros sintomas da ferrugem-asiática na soja são pequenas manchas amarelas nas folhas inferiores ou hastes da planta em qualquer época de desenvolvimento. Com o tempo, o centro tende a ficar numa coloração castanha. No entanto, vale ressaltar que a intensidade pode variar.
O que diferencia a doença da mancha-parda, por exemplo, são as urédias — lesões iniciais da infecção que formam “verrugas” de até 5 mm de diâmetro.
Com o tempo, os machucados abrem poros e liberam os uredósporos, que são cristalinos e passam a ser beges. Esses são os esporos carregados pelos ventos para disseminá-la. Depois, as lesões na folha vão aumentando de tamanho e, assim, ganham coloração castanho-clara ou avermelhada.
Em casos mais severos, outros sintomas da ferrugem-asiática são a queda das folhas e a morte da planta. Os esporos também podem atingir as vagens, resultando na má formação de grãos e sua perda de massa. É desta maneira que a produtividade da safra é atingida diretamente, além de afetar a qualidade.
A ferrugem-asiática se desenvolve em ambientes quentes e úmidos. Foto: Divulgação/Brasmax Genética.
Como controlar a ferrugem-asiática?
Para que o controle da ferrugem-asiática na soja funcione, é preciso combinar mais de uma medida, entre elas:
Controle químico
Como uma forma de evitar o fungo, há a possibilidade do uso de fungicidas como medida de prevenção ou, até mesmo, curativa. A recomendação é que o fungicida seja aplicado assim que os sintomas forem constatados, pois o atraso pode reduzir a eficácia do produto e a produtividade da lavoura.
Os grupos químicos que podem ser utilizados para combater o fungo na lavoura são:
Triazois (DMI).
Estrobilurinas (QoI).
Morfolinas.
Carboxamidas (SDHI).
Multissítios.
Apenas não se esqueça de checar as condições climáticas para pulverização e seguir as recomendações do fabricante.
Quer saber como se dá a atuação de cada um deles e como combinar estratégias para o controle da ferrugem-asiática na soja? Então, assista ao webinar da Brasmax com o prof. Dr. Marcelo Giovanetti Canteri:
Vazio sanitário
O vazio sanitário é umas das práticas mais importantes para evitar o aparecimento de focos da doença. Ele é o período em que não deve haver plantas no talhão, com objetivo de diminuir a quantidade de esporos que podem atacar a lavoura.
O tempo de pausa varia entre 60 e 90 dias e o calendário é instituído anualmente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em cada região, há uma época específica para a realização do vazio sanitário.
A medida foi instituída principalmente para evitar o plantio na entressafra, que servia de ponte para transmissão do fungo. Ele sobrevivia nesses locais e era disseminado na época de semeadura, tornando-se um problema ao produtor rural.
Calendário agrícola
O vazio sanitário é uma das estratégias que compõem o calendário agrícola. É fundamental que o sojicultor saiba a janela certa para realizar a semeadura da variedade de soja, uma vez que reduz a quantidade de aplicações de fungicidas.
Esse movimento evita que o fungo se torne cada vez mais resistente aos defensivos. Além disso, quanto mais tarde plantar a soja, há possibilidade de infecção por esporos antes mesmo do crescimento da planta. Por isso, seguir o calendário é fundamental.
A rotação de culturas, por si só, é uma atividade essencial para quem busca o máximo rendimento da via plantio direto. Ela é uma estratégia para descompactar o solo, permitindo maior entrada de água e nutrientes, deixando o ambiente mais fértil.
Além disso, a prática auxilia no controle de pragas e doenças que são transmitidas pelo mesmo tipo de plantação, como é a ferrugem-asiática. Dessa maneira, a diversificação reduz a chance de sobrevivência em culturas não-hospedeiras. No momento em que voltar para a soja, o talhão vai estar livre dos esporos.
O controle da ferrugem-asiática na soja compreende diversas ações conjuntas. Foto: Divulgação/Brasmax Genética.
Cultivares resistentes
Outra estratégia fundamental é a escolha de cultivares que sejam resistentes aos fungicidas utilizados para realizar o controle de ferrugem-asiática na soja. Isso porque se a doença se desenvolver, as perdas naquela safra podem ser irreversíveis ao produtor.
A cultivar Brasmax Cromo TF IPRO, por exemplo, apresenta tolerância ao fungo e possui ciclo precoce. Ela é recomendada para plantio na maioria das microrregiões do Sul. Confira vídeo de apresentação da variedade:
É importante plantar as sementes no período determinado, assim o uso de defensivos pode ser reduzido. Vale reforçar também que utilizar apenas a variedade resistente não dispensa a necessidade de executar os outros métodos de controle.
Outra solução quanto ao uso de cultivares é o escape ou evasão, ou seja, escolher variedades que possuem um ciclo de desenvolvimento mais precoce e realizar a semeadura no início do período de plantio. Essa é uma estratégia para fugir da doença.
Monitoramento constante
A supervisão da lavoura é crucial para acompanhar o desenvolvimento das plantas de soja e dos possíveis focos de pragas e doenças. Quanto mais cedo identificada a ferrugem-asiática, maiores são as chances de sucesso do combate.
O monitoramento pode ser feito com uma inspeção regular, buscando identificar focos do fungo no talhão, assim como utilizando tecnologias de sensoriamento remoto, que podem detectá-la nos estágios iniciais com imagens de drones e satélites.
A preocupação com alastramento do fungo é muito grande para que não afete talhões de forma geral numa região. Portanto, o controle da ferrugem-asiática na soja é importantíssimo para quem busca o máximo rendimento de uma lavoura.
Para isso, realize as medidas de controle de forma correta, conte com a ajuda de especialistas para identificação e planeje sua safra com antecedência, cuidando de cada detalhe.
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