Mais de 40 doenças da soja já foram identificadas no Brasil, desenvolvida por fungos, bactérias, vírus e nematoides. Elas são uma realidade nas lavouras e estão entre os principais empecilhos na busca pelo máximo rendimento.
Continue a leitura, saiba quais são as principais doenças e conheça 10 maneiras efetivas de evitá-las para maior produtividade da lavoura!
Quais são as principais doenças da soja?
As doenças da cultura de soja podem ocorrer na lavoura e é importante que o produtor rural saiba quais são as principais para poder combatê-las. Confira as pragas mais recorrentes nas plantações!
Ferrugem da Asiática (Doença causada por fungo)
Os sintomas causados por essa doença são pontuações escuras de coloração esverdeada a cinza esverdeada nas folhas. Essas lesões, quando mais desenvolvidas, formam protuberâncias, também chamadas de urédias, que são pequenas saliências. A Ferrugem Asiática pode se desenvolver em qualquer estágio de desenvolvimento da soja, em especial no estágio de floração. É a doença que mais preocupa os produtores do Brasil.
Antracnose (Doença causada por fungo)
Essa doença que afeta, principalmente, as plântulas e a fase inicial das vagens. O apodrecimento, a abertura precoce e a queda das vagens são comuns nessa doença quando há alta umidade. A morte de plântulas também é um dos sintomas da Antracnose.
Mancha alvo (Doença causada por fungo)
Apresenta manchas circulares cor castanho-clara a castanho-escura nas folhas, com um ponto escuro no centro, se assemelhando a um alvo.
Mofo branco (Doença causada por fungo)
Ocasiona manchas castanho-claras que ao se desenvolver, se transformam em micélios brancos e densos. Plantas contaminadas por essa doença apresentam folhas murchas e secas.
Podridão radicular de fitóftora – Phytophthora sojae (Doença causada por fungo)
A doença pode ser encontrada em qualquer fase de desenvolvimento da soja e está relacionada ao excesso de umidade no solo. Pode causar o apodrecimento do sistema radicular e o tombamento das plantas.
Podridão de carvão da raiz – Macrophomina phaseolina (Doença causada por fungo)
O fungo é um habitante natural do solo e transmitido por semente, infectando a cultura desde a germinação. Acontece de forma mais severa quando há baixa umidade e alta temperatura. Na região do colo, a epiderme da planta é removida muito fácil quando friccionada, revelando microesclerócios negros nos tecidos.
Um dos primeiros passos para realizar um controle eficiente das doenças, é identificando-as corretamente. Após esse processo, existem diversas técnicas capazes de auxiliar no manejo e preveni-las. Confira na sequência!
Principais técnicas para auxiliar no manejo de doenças
Entre as diversas técnicas de manejo recomendadas para manter o máximo rendimento da sua lavoura, destacamos aqui as seguintes:
1. Escolha da cultivar
Escolher uma cultivar adaptada à sua região é o primeiro passo para que a sua produtividade não seja comprometida. A resistência a determinada doença pode ser um fator muito importante no pacote tecnológico de uma cultivar.
O uso de semente certificada, ou seja, totalmente sadia, é outro fator relevante que deve ser considerado na hora da escolha para que o manejo da doença seja realmente eficiente.
2. Tratamento de semente
Uma semente de qualidade é aquela que se encontra livre dos chamados fitopatógenos (microrganismos responsáveis por causar doenças nas plantas). Diante disso, o tratamento de sementes torna-se uma técnica eficaz para a prevenção de doenças, pois visa assegurar a qualidade sanitária das sementes utilizadas para a plantação.
Nela, há a aplicação de produtos químicos para que haja controle dos fitopatógenos. A técnica ainda atua contra o desenvolvimento de pragas específicas do solo, protegendo as plântulas.
3. Rotação de culturas
A rotação de culturas é uma excelente técnica para diminuir a população de patógenos (microrganismos responsáveis por causar doenças nas plantas) que ficam no solo entre uma cultura e outra. Além disso, ajuda na redução de pragas e plantas daninhas, melhora a fertilidade do solo e também a sua produtividade.
4. Adubação correta
Uma adubação bem feita, seguida da análise do solo, contribui para que as plantas fiquem menos sensíveis, diminuindo as chances de doenças. Ainda é possível incrementar a produtividade aumentando os nutrientes do solo necessários para o bom desenvolvimento da cultivar.
5. Controle de plantas daninhas
As plantas daninhas também são hospedeiras de pragas e doenças, o que comprova o seu grande risco à lavoura da soja. Por essa razão, é essencial controlar essas ervas. Confira como controlar de forma eficiente as plantas daninhas na plantação de soja.
6. Evitar a compactação do solo
A compactação do solo é um processo que aumenta a densidade e reduz a porosidade. Ao impedir que isso aconteça, haverá um bom desenvolvimento das raízes da planta e uma melhor infiltração de água em épocas chuvosas, dificultando o desenvolvimento dos fungos.
7. Controle químico
Na prevenção de doenças da soja, o controle químico é visto como uma medida adicional ao manejo. A primeira vez que a técnica foi recomendada para a soja no Brasil foi em 1997, para o controle de oídio e de doenças de final de ciclo. É um método eficiente e rápido que compreende na utilização dos fungicidas e bactericidas mais adequados à lavoura.
8. Semear em época de plantio adequada
Semear a soja no período recomendado é uma boa maneira de evitar o desenvolvimento de doenças. A prática ainda influência no porte da planta e em seu rendimento.
O atraso da semeadura pode afetar consideravelmente a evolução de doenças e o rendimento, além de demandar mais aplicações de fungicidas para um controle ser eficiente.
9. Utilização da técnica de plantio direto
Ao aplicar o Sistema de Plantio Direto (SPD) na lavoura, as chances de desenvolvimento de doenças se tornam reduzidas. Isso ocorre porque o SPD permite diminuição no uso de máquinas agrícolas, além da redução da aplicação de agroquímicos no solo. Essa atitude possibilita que o solo recupere a sua qualidade, dificultando o progresso das doenças.
10. Limpeza correta das máquinas
Máquinas agrícolas não higienizadas podem ocasionar em perdas, mais gastos de combustível e, principalmente, a proliferação de doenças da soja devido ao acúmulo de sujeira que ocorre.
Afinal, pode haver a contaminação de doenças de safras anteriores. Uma maneira de realizar a limpeza é utilizando ar comprimido, além de água e detergentes específicos à necessidade.
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7 Comentários
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[…] Leia também: Como prevenir as principais doenças da soja? […]
Gostei do conteúdo 🙂 Queria saber mais, como faço?
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