Com a safra 2024/25 se aproximando, os produtores rurais já começam a se perguntar: como será o verão no Brasil? A temperatura e as chuvas podem determinar o sucesso das culturas, por isso é essencial entenderpara estar preparado pelo clima que virá.
O verão brasileiro, conhecido por sua intensidade e variações climáticas no território nacional, pode apresentar tanto oportunidades quanto desafios para a agricultura.
Desta forma, continue a leitura para entender sobre as tendências climáticas para o verão de 2024/25, as características da estação no Brasil e como essas condições podem impactar diferentes tipos de culturas. Além disso, vamos explorar estratégias eficazes para adaptar-se às mudanças e trabalhar por uma safra produtiva!
Primeiro, é importante saber quando é o verão no Brasil? A estação começa em 21 de dezembro de 2024 e termina em 20 de março de 2025. O período é crucial aos produtores rurais para que possam planejar a colheita de soja, mas tambémde outras culturas.
Masafinal, como será o verão em 2024/2025 no Brasil? Leia as tendências na sequência.
Expectativas de temperaturas
Apesar do período se caracterizar por altas temperaturas, espera-se que sejam menos intensas no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste. Não há mudanças específicas para o Norte e Nordeste do Brasil, apenas nas precipitações.
De acordo com o meteorologista Davi Moura, do canal “Tempo e Clima Brasil”, a partir de dados da NOAA (sigla em inglês para Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), a tendência é de que haja estabelecimento da La Niñadesde o final do inverno e início da primavera em 2024, saindo da fase neutra. As chances ultrapassam os 70% para o trimestre de setembro, outubro e novembro.
Desta forma, o estudo aponta que há maior probabilidade de ocorrer a La Niña até março de 2025, no final do verão, em que as chances de permanência do fenômeno e passagem para o período neutro são iguais. O pico seria em dezembro de 2024, ou seja, no início da estação.Veja a explicação:
Precipitações e secas: o que esperar?
A La Niña também tem impactos nas chuvas em diversas regiões do Brasil. Como não deve ser tão intensa, é possível que não atrase as precipitações durante a primavera.
No verão, a tendência é de aumento nas regiões Norte e Nordeste, com irregularidades e possível estiagem no Centro-Sul do Brasil,atributo do fenômeno.
O verão no Brasil: características gerais
O verão no Brasil é comumente marcado por algumas características gerais distintas, resultantes principalmente de sua posição geográfica tropical e equatorial, como:
Aumento significativo das temperaturas.
Alto volume de chuvas tropicais, intensas e concentradas.
Dias tendem a ser mais longos que as noites.
Índices de umidade elevados em muitas áreas, com clima mais abafado em várias regiões.
Verão 2023/2024
No verão 2023/2024, houve registro de chuvas nas regiões Nordeste e Sudeste e redução no Sul, comparando com a primavera de 2023. A precipitação foi abaixo da média no Norte, no Centro-Oeste e em partes de São Paulo e do Paraná.
Houve registro de muito calor como reflexo do impacto do fenômeno El Niño, que tende a elevar a temperatura. Entretanto, na comparação entre estações, a primavera/2023 foi mais quente que o verão 2023/24, segundo balanço do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Temperaturas médias
De acordo com o Inmet, com base em dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 foi o ano mais quente da história do planeta. A média no Brasil foi de 24,92ºC. No ano anterior, em 2022, havia sido de 24,07ºC.O valor é superior à média histórica de 24,23ºC, registrada entre 1991 e 2020.
Fenômenos meteorológicos que afetam o verão
O verão é a estação do ano em que, normalmente, as temperaturas são mais elevadas e o nível das características, como mais ou menos calor, assim como o volume de precipitação, são decorrentes de fenômenos climáticos como El Niño e La Niña. Vamos explorar mais na sequência.
El Niño
El Niño é caracterizado pelo aquecimento das águas do Pacífico Equatorial, causando redução de chuvas no Norte e no Nordeste; e aumento de precipitação e das temperaturas no Sul. No Centro-Oeste e no Sudeste, não há um padrão específico de mudanças, mas pode ser que aumente o nível de chuva durante o fenômeno.
La Niña
Já a La Niña representa o oposto do El Niño, pois ocorre no resfriamento das mesmas águas, provocando aumento das chuvas no Norte e no Nordeste, diminuição no Sul, além de não ter tantas alterações específicas no Sudeste e no Centro-Oeste.
A La Niña promove a diminuição das chuvas no Sul do Brasil
Como o verão pode impactar a agricultura?
A agricultura no verão pode se beneficiar ou ser desafiadora aos produtores rurais. Durante a estação, o aumento das temperaturas e a alteração no padrão de chuvas podem afetar diretamente as lavouras.
Um dos efeitos positivos costuma ser o auxílio no crescimento de culturas da época, como a soja, acompanhado por chuvas que complementam a irrigação natural das plantações.
No entanto, pode haver desafios como aumento do risco de secas e ondas de calor, causando estresse hídrico nas plantas e afetando o desenvolvimento e a produtividade. Precipitações intensas também podem levar à erosão do solo, perda de nutrientes e danificação das culturas.
Por isso, é essencial escolher as plantas corretas ao período como soja, milho, feijão, algodão e arroz, por exemplo.
Soja no verão
Vários fatores contribuem para que a soja se desenvolva bem no verão:
Exigência de luz: beneficiada pelos dias longos do verão, otimizando a fotossíntese e promovendo crescimento saudável.
Temperatura: a germinação depende do clima quente para ocorrer.
Ciclo do crescimento: a soja tem um período de desenvolvimento longo e que varia de acordo com a cultivar, e se aproveita do verão para escapar do frio.
Precipitação: embora seja relativamente tolerante à seca, a soja se beneficia das chuvas regulares proporcionadas nesse período.
Adaptação: o desenvolvimento de diferentes variedades que se adequam às diversas condições climáticas permite a expansão do cultivo com alto rendimento em muitos locais.
Impactos das altas temperaturas e da seca na soja
As altas temperaturas e períodos de seca têm um impacto significativo na produção de soja, podendo levar a uma série de complicações no desenvolvimento das plantas e na produtividade da safra.
A exposição prolongada ao calor, especialmente acima de 35°C, pode causar estresse térmico, resultando em diminuição no rendimento, menor formação de grãos nas vagens e redução na acumulação de biomassa. O prejuízo na produção interfere na oferta e potencialmente impacta no preço da soja no mercado.
Temperaturas muito altas podem representar risco às lavouras de soja.
Estratégias para proteger as safras
Para tentar mitigar esses impactos, algumas estratégias podem ser incorporadas, tais como seleção de variedades de soja adaptadas às condições climáticas locais e o uso de práticas de gestão de solo.
As ações no terreno podem auxiliar na regulação da temperatura do solo e na manutenção da umidade, contribuindo para o combate aos efeitos das altas temperaturas. Algumas delas são:
A produção do milho safrinha, cultivado em sucessão à soja, enfrenta uma série de desafios, especialmente devido às variáveis climáticas e ao calendário de plantio.
As adversidades incluem:
Preocupação com o impacto do clima no cultivo e manejo da lavoura.
Redução da área plantada.
Atrasos na semeadura, que podem aumentar a vulnerabilidade das lavouras a pragas e doenças.
Preparar-se a para a safra 2024/25 aumenta as chances de sucesso diante das mudanças climáticas e fortalece a compressão frente aos desafios futuros.
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