A projeção do IBGE para 2025 indica que o Brasil produzirá 144,9 milhões de toneladas de soja, uma queda de 4,6% em relação ao ano anterior. Mesmo com o decréscimo, o país continuará na liderança global, seguido dos EUA, em 2º, com ⅔ desta projeção.
Apesar da liderança nacional, é comum que produtores busquem orientações sobre como aumentar a produtividade agrícola. Conhecimentos compartilhados sobre melhor manejo do solo, controle de pragas, armazenamento e transporte eficientes colaboram para alcançar este objetivo.
Segundo o gerente de agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, os números mais baixos se devem aos problemas enfrentados pela cultura em 2024, dos quais o mercado ainda está se recuperando. A recuperação, segundo o especialista, deve-se à alta tecnologia no campo.
Diante desses dados e perspectivas, uma pergunta naturalmente surge: de que maneira os produtores podem aumentar a produção agrícola? Mais especificamente, como o cultivo da soja no Brasil pode ser impulsionado? Continue a leitura e conheça algumas técnicas!
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ToggleInicialmente, é válido informar que as dicas apresentadas não representam uma ‘receita de bolo’. Ou seja, o produtor precisa avaliar, de forma individual, em seu local, quais das práticas apresentam o melhor desempenho para melhorar a sua produção.
No Brasil, a certificação de sementes e de mudas para o mercado interno é coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de acordo com as regras da Legislação de Sementes e Mudas. Trata-se de processo de caráter voluntário aos produtores.
Isto é: cabe aos interessados em comercializar sementes, obter a devida certificação perante os órgãos públicos responsáveis. Aos produtores de soja, a dica em questão é: escolha as sementes utilizando esse critério, deixando de lado aquelas que não tenham uma certificação.
Essa dica sobre como aumentar a produtividade agrícola é importante porque sementes de soja certificadas passam por um controle de qualidade em todas as etapas do seu ciclo, o que, segundo o MAPA, inclui conhecimentos sobre a sua origem genética e a rastreabilidade de lotes; facilitando a resolução de eventuais problemas.
Mencionamos a importância desse item no campo na introdução deste texto, de acordo com a fala do gerente de agricultura do IBGE. A verdade é que a tecnologia atua de forma variada e com diversos objetivos, do monitoramento climático aos calendários agrícolas.
O monitoramento climático, por exemplo, garante que os produtores de soja identifiquem quais são os melhores ou piores momentos para o planejamento do plantio, funcionando por meio de softwares ou gadgets. Eles trabalham em conjunto com estudos e calendários agrícolas, como é o caso do ZARC.
Segundo informações oficiais do MAPA, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático é “um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura”, ou seja, ele auxilia aqueles que querem elevar a produtividade. Atualmente, há um aplicativo no site do MAPA que permite a consulta dos dados em poucos cliques.
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma estratégia agrícola cujo objetivo é reduzir as propostas na lavoura semeliminar completamente, minimizando a dependência de excesso de defensivos químicos. Como o termo sugere, isso é feito a partir do bom monitoramento da lavoura.
O percentual de pragas aceitável para que uma safra de soja mantenha sua qualidade e produtividade varia de acordo com o problema. Os tripes, por exemplo, um inseto comum na cultura, devem ser mantidos abaixo de 25 por folha. Os benefícios são variados, incluindo diminuição de gastos.
Conforme um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), conduzido em plantações de soja no Mato Grosso (estado com a maior produção), o MIP foi responsável por uma economia média de R$ 125,28 por hectare, graças à redução de aplicações químicas.
Logo, ao buscar informações sobre como aumentar a produtividade agrícola, saiba que reduzir os gastos é um fator que elevará o seu resultado final.
De acordo com informações da cooperativa Copagril, a necessidade hídrica das plantas no cultivo da soja varia de 450 a 800 mm durante todo o seu ciclo, desde o plantio até a colheita. Durante o período de necessidade máxima, são precisos 7 a 8 mm de água por dia.
Um estudo da Embrapa reforça essa importância, mostrando que as regiões com menor índice pluviométrico durante o crítico de uma cultura registraram quedas de produtividade entre 42% e 63% em comparação com outros locais em que a chuva era mais regular.
Esses estudos ajudam a perceber a importância dos sistemas de irrigação para quem quer dicas de como aumentar a produtividade agrícola. Tais mecanismos são capazes de suprir as necessidades das chuvas em períodos de estiagem. Alternativas como o carretel autopropelido, o gotejamento e o pivô central estão entre as recomendações à soja.
A última dica é baseada em um estudo publicado pela Embrapa. Ele afirma que, no Paraná, a rotação da soja com o trigo aumentou a produtividade da primeira cultura em 17%, com dados similares aparecendo em mais pesquisas sobre a importância da prática e técnicas de manejo sustentável.
Essa mesma publicação afirmou que o efeito positivo pode ser atribuído à recuperação da qualidade do solo, consequência da rotação de culturas. Os resultados estão de acordo com a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), uma estratégia em crescimento no Brasil.
Trata-se da adoção de diferentes sistemas produtivos em uma mesma propriedade, como as florestas plantadas. Atualmente, cerca de 17 milhões de hectares já aplicam esses sistemas integrados (dados da Rede ILPF) no Brasil, com metas públicas de alcançar mais de 5 milhões até 2030.
Aliado a todos os métodos explorados neste texto sobre como aumentar a produtividade agrícola, podemos destacar a importância dos conhecimentos técnicos por parte das equipes que trabalham com as safras em todos os níveis, o que pede a contratação de mais profissionais altamente qualificados na agricultura.
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