Garantir o bom rendimento da soja é um ideal a ser conquistado pela maioria dos agricultores brasileiros. Liderando o ranking de produtos mais exportados pelo país nos últimos anos, a soja é uma das principais fontes de renda em vários estados.
É justamente por causa do seu bom desempenho e alta rentabilidade que ela vem ganhando mais espaço no campo.
A importância de maximizar o rendimento da soja
Nessa cultura, obter o máximo rendimento da soja não depende apenas de condições adequadas de clima e solo: é preciso seguir à risca as práticas de manejo adequadas. Afinal, são vários os fatores ligados ao manejo da soja que podem aumentar a sua produtividade.
Em termos técnicos, o produtor tem como desafio manter em pleno funcionamento fotossintético a maior camada do dossel. O foco é a sanidade das plantas até o fim do ciclo de desenvolvimento.
Com as lavouras se desenvolvendo, o sojicultor deve ficar atento ao monitoramento das áreas. Isso ajuda a detectar problemas antes que eles se tornem mais difíceis e mais caros para serem resolvidos.
Nesse sentido, o ajuste do cultivar, o manejo de plantas daninhas e pragas e a verificação da eficácia das novas biotecnologias são alguns dos pontos de atenção destas inspeções.
Ajuste do cultivar
Com o avanço do melhoramento genético, temos em torno de 1,5% de incremento de rendimento da soja ao ano. Com o correto posicionamento da cultivar, o ganho em produtividade pode chegar a 15%, somente com escolha do material ideal e do ajuste de posicionamento.
Para isso, é recomendado que o produtor conheça o ambiente produtivo em que está inserido, sua posição geográfica (latitude, longitude e altitude), seu sistema de produção, o nível de fertilidade do talhão e seu histórico de produtividade.
A partir desses dados, é possível posicionar os materiais que possuem adaptação para a região, com ajuste fino de posicionamento para cada talhão, seguindo as recomendações de época de plantio e população de plantas recomendadas pelo obtentor.
Desta forma, o produtor pode extrair o máximo potencial genético das cultivares.
Manejo de plantas daninhas
Um dos monitoramentos mais importantes do desenvolvimento da cultura é o de plantas daninhas. Isso deve ser feito tanto no pré como no pós-emergência. Elas competem com a soja pela luz solar, água e nutrientes, e podem dificultar a operação de colheita, além de comprometer a qualidade de grãos e sementes.
Neste manejo, o método químico é o mais utilizado (uso de herbicidas) e tem como vantagem a economia de mão-de-obra e a rapidez na aplicação.
O reconhecimento das espécies de plantas daninhas é a condição básica para a escolha adequada destes herbicidas. Após isso, deve-se planejar o controle com a utilização de defensivos de diferentes mecanismos de ação. É recomendado efetuar o controle das plantas daninhas entre os estádios de V2 até R3. Depois disso, a soja fecha a entrelinha, o que acaba dificultando a emergência de novas daninhas.
Outro fator preocupante, neste sentido, são os números crescentes de casos de resistência de plantas daninhas no Brasil. Segundo a Embrapa, nosso país já possui cerca de 10 espécies de plantas daninhas resistentes ao glifosato, e este cenário tende a se agravar devido a grande pressão de utilização do mecanismo de ação nas áreas de soja.
Ainda é possível evitar a resistência destas pragas com algumas ações, como:
- Rotação de culturas.
- Rotação de herbicidas
- Uso de sementes certificadas isentas de infestantes resistentes.
- Evitar a reprodução e disseminação inicial de plantas daninhas resistentes
- Limpeza de tratores, implementos, colheitadeiras e semeadoras.
Manejo de pragas
Pragas como percevejos e lagartas estão entre as grandes preocupações dos produtores de soja. Elas afetam o rendimento e a qualidade dos grãos e sementes, resultando em danos irreversíveis à lavoura.
Para um correto monitoramento e controle dos insetos-pragas, recomenda-se o uso do Manejo Integrado de Pragas (MIP). A adoção de práticas do MIP facilita o controle, pois as tomadas de decisão são baseadas no nível de ataque, no número e tamanho dos insetos e no estádio de desenvolvimento da soja. Esta informações são obtidas em inspeções regulares na lavoura.
As inspeções de pragas e inimigos naturais podem ser feitas com a utilização de pano de batida. Estende-se ele entre duas fileiras de soja e sacode as plantas vigorosamente sobre o mesmo.
Recomenda-se realizar o monitoramento nas primeiras horas da manhã ou ao final da tarde. Além disso, deve ser feito em vários pontos da lavoura, a fim de obter uma melhor leitura do talhão.
Na sequência, a decisão de controle deve ser baseada no nível de dano econômico, e este vai depender de qual espécie e da quantidade (ou dano na cultura por aquele inseto) que foi encontrado.
Hoje, o controle químico é a forma mais utilizada pelos agricultores.
Recomenda-se o uso de produtos seletivos para evitar o desequilíbrio dos insetos (morte de polinizadores e inimigos naturais), lembrando sempre de rotacionar os mecanismos de ação dos inseticidas para evitar a pressão de seleção sobre as pragas.
Alguns fatores que podem influenciar na eficiência dos produtos no controle das pragas:
- Correta identificação da praga.
- Uso de produtos registrados para a cultura, com a dosagem recomendada pelo fabricante.
- Manutenção adequada dos equipamentos utilizados nas pulverizações.
- Aplicações em condições atmosféricas ideais.
Manejo de doenças
Aproximadamente 100 doenças que acometem a cultura da soja já foram identificadas no mundo. As causas são fungos, bactérias, nematóides e vírus. Elas correspondem a um dos principais fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos da soja.
No Brasil, podemos considerar cinco principais doenças na cultura: oídio, antracnose, mancha-alvo, mofo-branco e ferrugem asiática.
A Embrapa aponta alguns métodos de controle destas doenças:
- Rotação de cultura, pois reduz a população de patógenos que sobrevivem de uma safra para outra em restos de cultura.
- Escolher cultivares resistentes às principais doenças.
- Utilizar sementes certificadas, de procedência conhecida e devidamente tratadas.
- Evitar compactação do solo para promover o bom desenvolvimento das raízes. Além de diminuir o acúmulo de água em períodos chuvosos e morte de plantas quando ocorre estiagem.
- Eliminar plantas de soja voluntárias e respeitar o vazio sanitário.
- Semear cultivares precoces no início da época recomendada para cada região, a fim de evitar a época de maior inóculo de ferrugem.
- Realizar a adubação adequada de acordo com a análise de solo para que se desenvolva plantas menos sensíveis a doenças.
- Utilizar fungicidas registrados para a cultura.
- Conhecer o histórico da lavoura e fazer o seu monitoramento desde o início.
No caso das intervenções químicas, independentemente do método de controle ou dos produtos optados, é preciso diagnosticar previamente a verdadeira causa dos sintomas existentes, ou antecipar a sua ocorrência.
Embora seja aconselhável o controle preventivo ou, no máximo, durante os sintomas iniciais das infecções para um maior sucesso no controle das doenças, é necessário ter a certeza da origem da lesão para a rápida tomada de decisão, evitando a disseminação da doença.
Utilização de biotecnologias
O melhoramento genético da soja, aliado aos avanços da biotecnologia na agricultura nas últimas décadas, gerou uma gama de soluções cada vez mais inovadoras para o cultivo da soja. Essas ferramentas dão suporte ao controle de pragas e plantas daninhas, facilitando o manejo do agricultor, reduzindo aplicações de defensivos e, consequentemente, os custos da produção.
A Brasmax possui um amplo e completo portfólio, desenvolve cultivares de soja com alto rendimento e oferece os produtos que reúnem o que há de mais moderno no mercado em soluções de biotecnologia em sementes.
Na busca pelo máximo rendimento da soja, o produtor pode contar com a Brasmax, além de estar sempre atento ao constante monitoramento de plantas daninhas, doenças e pragas, às boas práticas de preparo do solo e a uma boa semeadura.
Se você quer saber mais como maximizar o rendimento de soja da sua plantação, conheça melhor a nossa empresa e entenda porquê a Brasmax se tornou líder em genética de soja no Brasil!
Texto escrito por:
Marcos Longaretti – Supervisor Técnico de Desenvolvimento Brasmax
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