De acordo com o estudo FarmTrak Soja 2022/23, da Kynetec, o mercado de sementes cresceu 57% em apenas dois anos. E aqui não falamos da produção em si, que também vem aumentando, mas da demanda de cultivar para plantio.
Esses dados nos levam a uma das principais perguntas relacionadas à produtividade da soja brasileira: como escolher as melhores sementes? Elas são o princípio de uma boa safra, mas optar pela alternativa mais adequada nem sempre é uma tarefa fácil para os produtores.
Um elemento que pode servir de “norte” é o lugar onde a soja será plantada. De maneira mais específica, a genética do solo. Afinal de contas, o que esse termo significa? Quais elementos e características devem ser considerados?
Por exemplo, aqui na Brasmax, temos cultivares que são recomendadas para a Região Sul, que se plantadas em outras regiões, não terão o mesmo rendimento. É necessário escolher a semente de soja de acordo com o local da lavoura.
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ToggleSegundo definição publicada pela revista Pesquisa FAPESP, a genética do solo nada mais é do que o conjunto de características físicas, químicas, biológicas e minerais de uma determinada porção daquela terra. De forma similar ao DNA humano, essas informações apontam caminhos.
Um solo com alto teor de acidez, por exemplo, não será adequado ao plantio da soja e demais tipos de oleaginosas. Por outro lado, um espaço com boa quantidade de matéria orgânica e com textura argilosa, facilitará a obtenção de nutrientes que contribuem para o crescimento desta cultura.
Essas (e outras) informações podem ser descobertas a partir de uma análise do solo. Uma publicação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) cita certas vantagens do estudo, como um melhor planejamento e a redução de custos e danos ao meio ambiente.
Explorado o conceito da genética do solo e a sua importância, um novo dilema aparece: quais elementos da análise devem ser levados em conta ao escolher a semente de soja? Os fatores importantes são múltiplos, mas 4 deles se destacam, de modo que vale a pena os explorar.
Conforme informações de um artigo publicado no XLV Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola (CONBEA), o pH ideal para o plantio das sementes de soja varia entre 5,4 a 6,5. E essa não é a única característica do solo com influência: há tipo, profundidade e fertilidade.
Nutrientes como potássio, fósforo e magnésio também impactam o crescimento da soja, de acordo com o tipo de semente escolhida. Quanto mais positivo for o cenário (textura argilosa, matéria orgânica etc), maior pode ser o nível de exigência em fertilidade por parte do cultivar selecionado.
A genética do solo não envolve exclusivamente os elementos intrínsecos à terra, mas também as experiências às quais o espaço foi exposto. Um terreno que foi submetido a um percentual elevado de defensivos agrícolas, por exemplo, será resistente a novas aplicações no futuro.
Seguindo esse exemplo, a semente escolhida deverá ser uma que exija pouco (ou nenhum) uso de defensivos químicos. Caso contrário, parte da lavoura ficará comprometida.
As sojas transgênicas são desenvolvidas com tecnologias que as tornam mais resistentes às pragas comuns às lavouras, o que merece atenção se o solo do plantio é suscetível a esses problemas. Essa informação pode ser obtida a partir de uma análise da terra.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), alguns tipos de pragas podem causar perdas de até 30% da lavoura, o que são números elevados. A escolha das sementes, então, deverá ser influenciada pela frequência de doenças naquele solo específico.
Uma plantação de soja no Mato Grosso do Sul, maior produtor de soja do Brasil, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), será consideravelmente distinta de uma no Rio Grande do Sul (o menor estado produtor brasileiro em números totais).
Nesse sentido, a escolha das sementes envolve também um viés econômico, levando em conta o potencial de estresses climáticos de cada lugar e o quanto cada cultivar custa. Estados onde as produções são menores podem pedir investimentos reduzidos nas compras.
Baseado nas explicações anteriores, vamos imaginar que o solo onde acontecerá o plantio da soja tenha como característica uma baixa retenção hídrica. Uma das soluções para minimizar o impacto é escolher sementes com menor porte, as quais têm o potencial de reter mais água.
E esse é apenas um exemplo. De acordo com o tipo do solo, o seu pH, a presença recorrente de pragas e a suscetibilidade a estresses hídricos, entre outras coisas, um tipo diferente de semente deverá ser escolhido. Nesse ponto, entendemos melhor a importância da análise do solo.
Não é à toa que a coleta de amostra da terra para a análise é uma das ações realizadas pela Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer). Aos produtores, vale a pena estar atento aos fatores e aprender sobre a genética do solo antes da compra das sementes.
A Brasmax tem os cultivares que garantem o maior rendimento para sua lavoura. Estamos ao seu lado para maximizar a sua produção. Conheça o nosso catálogo.
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