Brasil aumenta participação nas exportações à China

8 de Fevereiro de 2018

A participação do Brasil nas exportações de soja à China, o maior comprador mundial da commodity, cresceu para o maior número registrado em 2017 e deve se expandir uma vez mais neste ano, ajudado por preços competitivos e o alto conteúdo de proteína dos cultivos.

Isso é um outro potencial golpe ao principal rival exportador, os Estados Unidos, que agora precisa se aferrar a leis de qualidade mais estritas no envios à China em 2018, bem como mercado globais inundados nos últimos anos pela oferta extrema da oleaginosa.

A China, que importa 60% da soja comprada mundialmente, comprou 50,93 milhões de toneladas do Brasil em 2017, chegando a 53,3% do total de compras, de acordo com dados alfandegários divulgados na semana passada. Os compradores chineses usam soja como ingredientes de ração e óleo de cozinha.

As vendas dos Estados Unidos foram de 32,9 milhões de toneladas ou 34,% das importações da China, a menor participação americana desde 2006. “As importações do Brasil para a China devem se manter crescendo neste ano… A soja brasileira terá uma vantagem em preços e conteúdo de proteína”, afirmou Tian Hao, analista sênior da First Futures na cidade chinesa de Tianjin.

O Brasil ultrapassou os Estados Unidos em 2012 como principal fornecedor à China com exportações que frequentemente atraíram pelos preços devido a limitada demanda doméstica e armazenamento. A soja brasileira tem níveis maiores proteína que o produto americano, fazendo dele mais atrativo para produtores de ração.

O Real fraco também ajudou aos compradores em 2017. A soja brasileira em Março, incluindo o frete à China, está atualmente em US$ 428 a toneladas, comparado aos US$ 433 a toneladas da soja americana, segundo dados de traders.

“Desde o início de Maio, estamos principalmente processando soja brasileira”, disse um gerente de uma planta de processamento no Sul da China. “No ano passado, de 65% a 70% da soja que foi moída veio do Brasil”, acrescentou.

 

Fonte: Agrolink

Imagem: Paulo Lanzetta